terça-feira, 30 de julho de 2024

Do nosso século

 

O nosso século tem vindo a assistir a um agravamento das condições de vida e de trabalho da pessoa humana, bem como da sua segurança, bem-estar e qualidade de vida. A somar a tudo isto acrescenta-se a violência, o roubo, a toxicodependência, a guerra; E como complemento de tudo isto o agravamento económico, o enorme desfasamento de ordenados, de condições de trabalho dispares, quais servos da gleba de outros tempos. Porque no fundo parece que não mudamos nada.

         Desde o tempo dos romanos que as diferenças se têm vindo a verificar como nesse tempo. Os homens livres e os escravos parecem continuar a existir ainda hoje. Uns com direito a tudo, a agirem como lhes aprouver e aos outros quase lhes é negada a existência. Casos há em que o raciocínio está é do chefe, do dirigente, do encarregado, muito embora seja dito como que por brincadeira, é-o aplicado na prática de uma forma muito subtil. Falta a explicação para um melhor entendimento, o diálogo, e fica-se apenas na ordem dada, na ordem a cumprir e nada mais.

         O propósito de tudo isto ultrapassa sempre o próprio empregado; Direi mesmo a educação e o respeito pelo mesmo. A uns é-lhes dado, pela própria lei, pela própria sociedade, que assim aceita tudo e se remete ao silêncio e nada faz e pelo status dos dirigentes que não querem de modo nenhum perder o prestígio perante ninguém e usar assim da falta de escrúpulos e de bom senso, do respeito por que, com o seu trabalho, ajuda a manter a empresa para onde trabalho.

         Está provado que o bem-estar laborar, o entendimento entre dirigentes e trabalhadores, o desempenho das suas funções será sempre muito mais proveitoso se se fizer o que se gosta de fazer. E se acrescentaremos a tudo isto os respetivos direitos dos trabalhadores e o respetivo respeito pela condição humana temos uma empresa a desenvolver e a laborar na plenitude.

         Infelizmente isto não passa ainda de uma pequena minoria, que assim pensa e que vai estando cada vez em vias de extinção, permitam-me o termo, em virtude das exigências de outros dirigentes, muito mais poderosos do que os patrões, muito mais senhores o seu nariz e que nada mais lhes interessa do que a satisfação do seu próprio umbigo. Refiro-me aos políticos, que na sua maioria e diria que isto se torna geral e a nível mundial, a fazer jus ao que se ouve nos noticiários, que prometem e nada fazem daquilo que disseram, que argumentam num modo bastante ardiloso e hábil só para esconder os seus erros, a sua falta de escrúpulos e de respeito para quem os elegeu.

         Se juntarmos a tudo isto os baixos salários praticados no nosso país, e em muitos países por este globo fora, o agravamento constante do custo de vida e as leis laborais de que me referi atrás, não nos devemos admirar de que se agrave o crime, a toxicodependência e a violação dos direitos do próprio cidadão, a todos os níveis, a um desemprego cada vez maior como medida de repressão perante aqueles que vivem do seu trabalho.

         O desemprego, muito para além de ser a consequência de um processo de que o empregado foi a vítima, acarreta uma mudança de hábitos, um sofrimento atroz e desnecessário, visto que a economia agradecia o esforço de todos para o seu desenvolvimento e respetivo crescimento, mas sobretudo a uma aceitação das condições impostas por aqueles que normalmente nem do seu gabinete saem e quando o fazem é sempre no seu carro, ou acompanhado de guarda-costas. Podem contar-se pelos dedos os políticos que se abeiram do povo que os elegeu sem qualquer receio e procuram resolver-lhes os seus problemas de um modo consciente e sincero, sem usarem de subterfúgios enganosos, nem de corrupção para evoluírem na sua carreira politica.

         Este século é muito mais do que isto, muito mais do que esta área laboral problemática e defeituosa, agregada a uma lei que protege os poderosos sem escrúpulos, os grandes interesses económicos e políticos, interligados a outros países também com os mesmos interesses e ambições. A conjugar esforços, teremos todos os poderosos políticos a unirem todos os seus elementos, qual puzzle a ser construído, num único poder, digamos a nível europeu por exemplo, de que poderá surgir uma Europa unida e engrandecida de que os seus construtores sairão muito mais enriquecidos e poderosos, senhores de um domínio há muito ambicionado e prontos para pisar todos os que se opuserem à sua política.

         Uma guerra surda e sem qualquer ponta de denúncia, feita por profissionais competentes na matéria, cujas leis são os próprios a regurgitarem cá para fora, essas mesmas que os protegem e encobrem dos seus próprios crimes.

         O desnível entre riqueza e pobreza é cada vez mais acentuada, cada vez mais notória, uma consequência do século anterior, que tenderá a continuar. Por muito que se combata o crime, a toxicodependência e a corrupção sempre tudo isto continuará a existir enquanto existirem interesses financeiros maiores, interesses esses bem camuflados e protegidos. 

          Numa outra rubrica falei de uma Nova Ordem Mundial, já existente mas a nível muito subtil, a elaborar um plano de aplicação e imposição das suas regras e diretrizes, que irá dominar o mundo de uma forma subtil que irá, ou poderá agradar a muita gente que se enganará redondamente. Só que por detrás de tudo isto temos os chamados “Iluminati” uma seita a operar na sombra e a tentar dirigir os destinos deste mundo. Uma seita que só os eleitos têm acesso e só esses têm o privilegio de saber o que se está a preparar para a humanidade.

         Explicando tudo isto de uma forma muito mais legível e numa linguagem muito mais popular, direi que por detrás de tudo isto, de todo este poder e de todo este interesse económico está um conceito maligno de poderio e de domínio, que pretende comandar o mundo para um abismo atroz e irreversível. Estará uma força demoníaca a querer surgir à vida e a querer apoderar-se dos nossos destinos. Basta analisar friamente isto e reparar nas entrelinhas de tudo o que se nos depara no dia-a-dia.

         Não basta crer que o nosso destino está traçado e que tudo nos está destinado para acontecer. Todo o destino está sujeito ao imprevisto e ao acaso e sujeito a mudanças que nos transcendem e que podem mudar o rumo de tudo e deixar-nos à deriva neste mundo. Pior do que uma pobreza física é uma pobreza espiritual que aceita tudo de ânimo leve, sem reagir a nada que nos pode levar a seguir um rumo de que nos poderemos arrepender mais tarde. Depois poderá ser tarde demais.

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