O
nosso século tem vindo a assistir a um agravamento das condições de vida e de
trabalho da pessoa humana, bem como da sua segurança, bem-estar e qualidade de
vida. A somar a tudo isto acrescenta-se a violência, o roubo, a toxicodependência,
a guerra; E como complemento de tudo isto o agravamento económico, o enorme
desfasamento de ordenados, de condições de trabalho dispares, quais servos da
gleba de outros tempos. Porque no fundo parece que não mudamos nada.
Desde o tempo dos romanos que as
diferenças se têm vindo a verificar como nesse tempo. Os homens livres e os
escravos parecem continuar a existir ainda hoje. Uns com direito a tudo, a
agirem como lhes aprouver e aos outros quase lhes é negada a existência. Casos
há em que o raciocínio está é do chefe, do dirigente, do encarregado, muito
embora seja dito como que por brincadeira, é-o aplicado na prática de uma forma
muito subtil. Falta a explicação para um melhor entendimento, o diálogo, e
fica-se apenas na ordem dada, na ordem a cumprir e nada mais.
O propósito de tudo isto ultrapassa
sempre o próprio empregado; Direi mesmo a educação e o respeito pelo mesmo. A
uns é-lhes dado, pela própria lei, pela própria sociedade, que assim aceita
tudo e se remete ao silêncio e nada faz e pelo status dos dirigentes que não
querem de modo nenhum perder o prestígio perante ninguém e usar assim da falta
de escrúpulos e de bom senso, do respeito por que, com o seu trabalho, ajuda a
manter a empresa para onde trabalho.
Está provado que o bem-estar laborar, o
entendimento entre dirigentes e trabalhadores, o desempenho das suas funções
será sempre muito mais proveitoso se se fizer o que se gosta de fazer. E se
acrescentaremos a tudo isto os respetivos direitos dos trabalhadores e o
respetivo respeito pela condição humana temos uma empresa a desenvolver e a
laborar na plenitude.
Infelizmente isto não passa ainda de
uma pequena minoria, que assim pensa e que vai estando cada vez em vias de
extinção, permitam-me o termo, em virtude das exigências de outros dirigentes,
muito mais poderosos do que os patrões, muito mais senhores o seu nariz e que
nada mais lhes interessa do que a satisfação do seu próprio umbigo. Refiro-me
aos políticos, que na sua maioria e diria que isto se torna geral e a nível
mundial, a fazer jus ao que se ouve nos noticiários, que prometem e nada fazem
daquilo que disseram, que argumentam num modo bastante ardiloso e hábil só para
esconder os seus erros, a sua falta de escrúpulos e de respeito para quem os
elegeu.
Se juntarmos a tudo isto os baixos
salários praticados no nosso país, e em muitos países por este globo fora, o
agravamento constante do custo de vida e as leis laborais de que me referi
atrás, não nos devemos admirar de que se agrave o crime, a toxicodependência e
a violação dos direitos do próprio cidadão, a todos os níveis, a um desemprego
cada vez maior como medida de repressão perante aqueles que vivem do seu
trabalho.
O desemprego, muito para além de ser a
consequência de um processo de que o empregado foi a vítima, acarreta uma
mudança de hábitos, um sofrimento atroz e desnecessário, visto que a economia
agradecia o esforço de todos para o seu desenvolvimento e respetivo
crescimento, mas sobretudo a uma aceitação das condições impostas por aqueles
que normalmente nem do seu gabinete saem e quando o fazem é sempre no seu
carro, ou acompanhado de guarda-costas. Podem contar-se pelos dedos os
políticos que se abeiram do povo que os elegeu sem qualquer receio e procuram
resolver-lhes os seus problemas de um modo consciente e sincero, sem usarem de
subterfúgios enganosos, nem de corrupção para evoluírem na sua carreira
politica.
Este século é muito mais do que isto,
muito mais do que esta área laboral problemática e defeituosa, agregada a uma
lei que protege os poderosos sem escrúpulos, os grandes interesses económicos e
políticos, interligados a outros países também com os mesmos interesses e
ambições. A conjugar esforços, teremos todos os poderosos políticos a unirem
todos os seus elementos, qual puzzle a ser construído, num único poder, digamos
a nível europeu por exemplo, de que poderá surgir uma Europa unida e
engrandecida de que os seus construtores sairão muito mais enriquecidos e
poderosos, senhores de um domínio há muito ambicionado e prontos para pisar
todos os que se opuserem à sua política.
Uma guerra surda e sem qualquer ponta
de denúncia, feita por profissionais competentes na matéria, cujas leis são os
próprios a regurgitarem cá para fora, essas mesmas que os protegem e encobrem
dos seus próprios crimes.
O desnível entre riqueza e pobreza é
cada vez mais acentuada, cada vez mais notória, uma consequência do século
anterior, que tenderá a continuar. Por muito que se combata o crime, a
toxicodependência e a corrupção sempre tudo isto continuará a existir enquanto
existirem interesses financeiros maiores, interesses esses bem camuflados e
protegidos.
Numa outra rubrica falei de uma Nova Ordem
Mundial, já existente mas a nível muito subtil, a elaborar um plano de
aplicação e imposição das suas regras e diretrizes, que irá dominar o mundo de
uma forma subtil que irá, ou poderá agradar a muita gente que se enganará
redondamente. Só que por detrás de tudo isto temos os chamados “Iluminati” uma seita a operar na sombra
e a tentar dirigir os destinos deste mundo. Uma seita que só os eleitos têm
acesso e só esses têm o privilegio de saber o que se está a preparar para a
humanidade.
Explicando tudo isto de uma forma muito
mais legível e numa linguagem muito mais popular, direi que por detrás de tudo
isto, de todo este poder e de todo este interesse económico está um conceito
maligno de poderio e de domínio, que pretende comandar o mundo para um abismo
atroz e irreversível. Estará uma força demoníaca a querer surgir à vida e a
querer apoderar-se dos nossos destinos. Basta analisar friamente isto e reparar
nas entrelinhas de tudo o que se nos depara no dia-a-dia.
Não basta crer que o nosso destino está
traçado e que tudo nos está destinado para acontecer. Todo o destino está
sujeito ao imprevisto e ao acaso e sujeito a mudanças que nos transcendem e que
podem mudar o rumo de tudo e deixar-nos à deriva neste mundo. Pior do que uma
pobreza física é uma pobreza espiritual que aceita tudo de ânimo leve, sem
reagir a nada que nos pode levar a seguir um rumo de que nos poderemos
arrepender mais tarde. Depois poderá ser tarde demais.
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