Falar
sobre crime e violência nos dias de hoje é exaustivo e de certa forma
repetitivo, porque tudo acontece sempre com as mesmas características de dia
para dia. Da simples forme de roubo do século XX, o chamado esticão, passou-se
a outros muito mais sofisticados e ardilosos, onde a violência é mais aplicada
e na maioria dos casos, com o uso de armas de fogo. Hoje em dia não se
satisfazem com um simples assalto, que poderá dar de alguns trocados a uma boa
mão cheia de euros; passou-se para outros muito mais rendáveis que são os
assaltos a multibancos, que esses sim poderão dar alguns milhares.
Acrescente-se
ainda a violência doméstica que tem vindo a aumentar diariamente, com uso de
arma, quer de fogo, quer banca, onde a mulher é a vítima a lamentar na maioria
dos casos. Outras são as crianças inocentes, vitimas muitas vezes dos caprichos
dos adultos que pretendem tão-somente satisfazer as pertinácias e nada mais. De
modo nenhum se pode descartar todos os que sejam de cariz sexual, como a
pedofilia, ou mesmo a simples violação.
Atualmente
a juventude é educada com uma sexualidade muito mais precoce do que outrora,
muito mais liberal e muito dada a exageros que no fim de contas dão quase
sempre maus resultados. Incentiva-se a juventude a ser independente, com uma
mentalidade escassa, a seguir a sua vontade e o seu querer sem o menor preparo
e a ouvirem muito mais depressa os amigos do que os próprios pais, que
tão-somente os querem livrar das más influências.
Nos
dias de hoje somos apedrejados com anúncios bastante elucidativos quanto à
violência, basta lembrar os jogos eletrónicos e os anúncios que se referem ao
mesmo, filmes, novelas, desenhos animados e no modo como, de certa forma, se
faz televisão hoje em dia. Tudo ínsita a um comportamento violento deformado e
patológico que egocentriza o indivíduo e o coloca à margem de uma sociedade que
o despreza por um lado e ao mesmo tempo incentiva que tudo isto possa
acontecer.
A
sociedade de hoje está a tornar-se violenta, intolerável e ao mesmo tempo
exigente. É rigorosa no que quer e exige uma perfeição de que não dá qualquer
apoio para que isso aconteça. A correria para se apanhar o transporta para o
emprego, o almoçar à pressa para se ir terminar este, ou aquele trabalho mais
premente, a carreira que não se pode descartar em primor da família, as horas
extraordinárias que é preciso fazer para se ganhar mais uns cobres, tudo isso
desfazem qualquer família por muito tradicional que se diga. Se juntarmos a
tudo isto os baixos salário, ou até mesmo as péssimas condições de trabalho de
muitos trabalhadores, os ânimos de dar uma educação e incutir-lhes alguma
dignidade, tão posta em causa hoje em dia, perdemos qualquer vontade de sermos
seres respeitadores e dignos de tal.
O
inverso deste tradicionalismo, onde a palavra do homem era quase sempre a
dominante, impera agora um novo tratamento, um sentido de posse egoísta por
parte do homem, onde os jovens são levados a seguir essas pisadas e onde surgem
então os casos de violência domestica, que nalguns casos acaba em homicídio.
Com
os anúncios que emitem sucessivamente mensagens subliminares depreciativas e
sugestivas de violência e sexo, onde os ditos jogos mais vendidos e para isso
se faz publicidade, são as guerras cósmicos, a invasão alienígena de seres
maléficos que querem destruir a terra, ou um crime de espionagem onde é preciso
apanhar os criminosos, etc. como pode haver incentivo a um respeito e a uma
moral que não devia ser posta em causa, numa família que devia manter estes
mesmos valores?
Em
suma temos prostituição e abusos sexuais de varia ordem, pedofilia, escravatura
e trafego de mulheres, assaltos e roubos dos mais sofisticados, crimes
violentos, corrupção, branqueamento de capital, extorsão, e a tudo isto somemos
as guerras, os acidentes nucleares, a poluição, o efeito de estufa, a má
alimentação devido a alimentes transgénicos, e juntemos também os transgénicos
humanos, o stress da vida diária torna insuportável uma existência humana
condigna.
E
se fizermos uma comparação entre ricos e pobres temos de um lado os eleitos, os
de vida merecida e no seu pleno gozo de uma boa saúde e do outro os
infortunados, os escorraçados, mas necessários para a respetiva contribuição da
riqueza, quer da empresa, quer do país, cujas vidas nada interessam ao
empregador, nem ao estado, a não ser na devida altura em que tenha que
despender do seu dinheiro para pagarem os seus impostos, que por sua vez irão
engordar os eleitos estatais.
Muito
mais se poderia dizer a este respeito e encher-se-ia muito mais páginas sobre o
assunto, mas prefiro alinhavar e muito resumidamente abordar este assunto, já
por si fastidioso e de pouco agrado. No entanto é imperioso que pensemos em
tudo isto e de modo nenhum fiquemos indiferentes ao que se passa ao nosso
redor. No entanto façamos os possíveis para nunca colaborar com todos aqueles
que só pretendem ver as coisas pelo seu umbigo. Grátis nada existe, a não ser
que paguemos para isso!
Sem comentários:
Enviar um comentário