terça-feira, 30 de julho de 2024

Crime e Violência

 

Falar sobre crime e violência nos dias de hoje é exaustivo e de certa forma repetitivo, porque tudo acontece sempre com as mesmas características de dia para dia. Da simples forme de roubo do século XX, o chamado esticão, passou-se a outros muito mais sofisticados e ardilosos, onde a violência é mais aplicada e na maioria dos casos, com o uso de armas de fogo. Hoje em dia não se satisfazem com um simples assalto, que poderá dar de alguns trocados a uma boa mão cheia de euros; passou-se para outros muito mais rendáveis que são os assaltos a multibancos, que esses sim poderão dar alguns milhares.

Acrescente-se ainda a violência doméstica que tem vindo a aumentar diariamente, com uso de arma, quer de fogo, quer banca, onde a mulher é a vítima a lamentar na maioria dos casos. Outras são as crianças inocentes, vitimas muitas vezes dos caprichos dos adultos que pretendem tão-somente satisfazer as pertinácias e nada mais. De modo nenhum se pode descartar todos os que sejam de cariz sexual, como a pedofilia, ou mesmo a simples violação.

Atualmente a juventude é educada com uma sexualidade muito mais precoce do que outrora, muito mais liberal e muito dada a exageros que no fim de contas dão quase sempre maus resultados. Incentiva-se a juventude a ser independente, com uma mentalidade escassa, a seguir a sua vontade e o seu querer sem o menor preparo e a ouvirem muito mais depressa os amigos do que os próprios pais, que tão-somente os querem livrar das más influências.

Nos dias de hoje somos apedrejados com anúncios bastante elucidativos quanto à violência, basta lembrar os jogos eletrónicos e os anúncios que se referem ao mesmo, filmes, novelas, desenhos animados e no modo como, de certa forma, se faz televisão hoje em dia. Tudo ínsita a um comportamento violento deformado e patológico que egocentriza o indivíduo e o coloca à margem de uma sociedade que o despreza por um lado e ao mesmo tempo incentiva que tudo isto possa acontecer.

A sociedade de hoje está a tornar-se violenta, intolerável e ao mesmo tempo exigente. É rigorosa no que quer e exige uma perfeição de que não dá qualquer apoio para que isso aconteça. A correria para se apanhar o transporta para o emprego, o almoçar à pressa para se ir terminar este, ou aquele trabalho mais premente, a carreira que não se pode descartar em primor da família, as horas extraordinárias que é preciso fazer para se ganhar mais uns cobres, tudo isso desfazem qualquer família por muito tradicional que se diga. Se juntarmos a tudo isto os baixos salário, ou até mesmo as péssimas condições de trabalho de muitos trabalhadores, os ânimos de dar uma educação e incutir-lhes alguma dignidade, tão posta em causa hoje em dia, perdemos qualquer vontade de sermos seres respeitadores e dignos de tal.

O inverso deste tradicionalismo, onde a palavra do homem era quase sempre a dominante, impera agora um novo tratamento, um sentido de posse egoísta por parte do homem, onde os jovens são levados a seguir essas pisadas e onde surgem então os casos de violência domestica, que nalguns casos acaba em homicídio.

Com os anúncios que emitem sucessivamente mensagens subliminares depreciativas e sugestivas de violência e sexo, onde os ditos jogos mais vendidos e para isso se faz publicidade, são as guerras cósmicos, a invasão alienígena de seres maléficos que querem destruir a terra, ou um crime de espionagem onde é preciso apanhar os criminosos, etc. como pode haver incentivo a um respeito e a uma moral que não devia ser posta em causa, numa família que devia manter estes mesmos valores?

Em suma temos prostituição e abusos sexuais de varia ordem, pedofilia, escravatura e trafego de mulheres, assaltos e roubos dos mais sofisticados, crimes violentos, corrupção, branqueamento de capital, extorsão, e a tudo isto somemos as guerras, os acidentes nucleares, a poluição, o efeito de estufa, a má alimentação devido a alimentes transgénicos, e juntemos também os transgénicos humanos, o stress da vida diária torna insuportável uma existência humana condigna.

E se fizermos uma comparação entre ricos e pobres temos de um lado os eleitos, os de vida merecida e no seu pleno gozo de uma boa saúde e do outro os infortunados, os escorraçados, mas necessários para a respetiva contribuição da riqueza, quer da empresa, quer do país, cujas vidas nada interessam ao empregador, nem ao estado, a não ser na devida altura em que tenha que despender do seu dinheiro para pagarem os seus impostos, que por sua vez irão engordar os eleitos estatais.

Muito mais se poderia dizer a este respeito e encher-se-ia muito mais páginas sobre o assunto, mas prefiro alinhavar e muito resumidamente abordar este assunto, já por si fastidioso e de pouco agrado. No entanto é imperioso que pensemos em tudo isto e de modo nenhum fiquemos indiferentes ao que se passa ao nosso redor. No entanto façamos os possíveis para nunca colaborar com todos aqueles que só pretendem ver as coisas pelo seu umbigo. Grátis nada existe, a não ser que paguemos para isso!

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