O
diabo é uma figura do cristianismo, usada há muito para amedrontar os crentes.
Trata-se de um Querubim que se insurgiu contra Deus e arrastou consigo uma
legião de seguidores. O seu propósito era o de se apoderar do trono divino e
assim comandar os destinos do mundo. É representado como uma figura humana com
chifres e um tridente na mão. Por outro lado também é representado como uma
figura meio humana, meio bode, sentado num trono e com um pentagrama invertido.
Esta
ultima forma de reproduzir o demónio pode- ser associada a uma outra divindade
mitológica romana que era intitulado como o deus das florestas e dos bosques e dos
campos e protetor todos os animais. Usava uma flauta que tocava pelos bosques e
a sua melodia amedrontada todos aqueles que necessitavam de atravessar as
florestas de noite. A sua fisionomia também era meio humana e meio bode, em
virtude das suas pernas serem deste animal. Tornou-se assim símbolo do mundo
por estar associado à natureza e ao universo. Também era conhecido como Fauno
ou Silvano. Há quem acredite que este ser mitológico poderá estar na origem da
figura do diabo do cristianismo.
No
Antigo Testamento é mencionado quatro vezes como um ser sobrenatural
responsável pelo mal e que provoca o conflito entre o bem e o mal cósmicos. No
entanto no AT não existe esta personificação em relação a Deus. Surgiu a
necessidade de representar o mal como causador de toda a imperfeição, em
oposição do bem representado na figura de Javé. Então o nome de Satã aparece
escrito em textos antigos.
Foi
S. Jerónimo quem providenciou, na versão latina, o nome de Lucifer,
referindo-se à estrela da manhã, ao astro brilhante, aurora. Ora o astro
brilhante é nada mais, nada menos do que Vénus. Na mitologia greco-romana Vénus
é a deusa do amor. Platão, o filósofo que mais influenciou o Cristianismo,
também refere a necessidade de se representar o mal como causador dessa
imperfeição humana, visto que o mundo das ideias é real e perfeito; logo se o
Homem é imperfeito então torna-se mais mal.
Nisto
surge sempre a igreja para controlar este lado maligno do ser humano incutindo
uma versão – vou dizer assim- a sua versão do mal e da existência de bum ser
que ninguém pode provar a sua existência, a não ser que acredite. Tal como
acreditar em Deus acreditar no maligno é ver as coisas pelo lado negro da vida
e da existência em geral. São duas coisas diferentes.
Então
temos no dia-a-dia variadíssimas formas de sermos apedrejados por uma serie de
mensagens subliminares vindas quer pelos desenhos animados, quer pelos
anúncios, ou até mesmo pelas telenovelas e noticiários. Basta dar-se relevo a
determinados assuntos de uma forma mais negativa, ou vendo as coisas pela mira
do lucro, do sexo desenfreado e doentio, ou levando cada um de nós a gastar o
que não tem, a consumir o que nos prejudica a saúde, ou a tomarmos medidas
menos próprias e destrutivas como é a violência e a cleptomania.
Se
nos começarmos a debruçar sobre estes assuntos e repararmos no que passa nas
televisões reparamos que o nosso mundo está repleto de crimes e violências, de
guerras e violações e em constante aumento e a nível mundial. Juntando a tudo
isto temos ainda as crises económicas e financeiras, as grandes corrupções
existentes pelo mundo fora e podemos desde já chegar à conclusão de que o mundo
é governado pela besta.
Sim,
de facto é. Se soubermos que por detrás de tudo isto poderá estar uma américa
ávida de poder e de riqueza e que por detrás dela outras figuras sem escrúpulos
e também sequiosos desse mesmo poder mundial, então podemos concluir que quem
governa o mundo dos nossos dias e com tendência para piorar, é mesmo aquele
coisa de que nunca deveríamos pronunciar, sob pena dele poder ouvir, ou o mal
possa recair sobre nós.
Esta
luta entre o bem e o mal vem dos tempos bíblicos e é referida na bíblia, no
Armagedão, como sendo o tempo do fim do mundo, onde estamos precisamente. Males
maiores poderão ocorrer pelo mundo com o único propósito de destruir a nossa
espécie e implantar uma era nova, cuja governação nada tem de divino, muito
pelo contrário. Temos nesta caso o lobo vestido com pele de cordeiro, como
podemos observar pela TV.
A
existência, ou não do demónio é um estudo que ainda não foi descortinado, pelo
que continuamos na base da crença e da superstição e nada mais. As evidências
que ocorrem pelo mundo a isso nos podem levar.
Vendo
a coisa por um outro prisma temos a dualidade das coisas, da existência de
tudo, da vida. Os chineses chama de In e Yang, o positivo e o negativo, homem e
mulher, bem e mal. Assim sendo se existe Deus terá necessariamente de existir o
diabo. Um contrariando o outro numa guerra cósmica que não terá fim. E se
falamos de Deus, logo o associamos a paraíso e o mal ao inferno. Tudo isto está
cada vez mais em evidencia em jogos de computador, onde surgem seres malignos e
diabólicos e onde se fomenta a violência, tal como em outos jogos de espionagem
onde o crime predomina. Em resumo a sociedade de hoje está pejada de tudo isto
para que as nossas mentes se virem para onde eles querem e nos passamos a reger
por diretrizes que no fundo apenas nos querem destruir.
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