Falar de política num
mundo de hoje não é tarefa fácil. A sociedade vive a uma velocidade demasiado
acelerada para que as resoluções mais prementes surtam efeito, ou mesmo sejam
postas em prática. Há uma demasiada urgência para tudo, para acontecerem as
coisas mais básicas, para se resolverem os assuntos mais importantes, para se
descortinar conclusões sobre o que quer seja. O ritmo desenfreado da atualidade
prende-se com esta urgente necessidade de satisfazer tudo e todos, com um
número cada vez mais crescente da população mundial. Principalmente de
satisfazer o capital cada vez mais prolifero no mundo atual.
As crescentes crises económicas e
políticas que têm vinda a acontecer um pouco pelo mundo fora têm ditado uma
nova orientação e determinado, por assim dizer, os destinos do ser humano. Tudo
tem estado em constante mudança de tal modo que ninguém pode dizer que está
verdadeiramente atualizado.
A sociedade vive um crescente aumento
tecnológico que tem vindo a marcar uma persistente alteração do modo como se
encaram os problemas de hoje. Até mesmo a ciência tem visto ultimamente um
aumento significativo do seu conhecimento.
Feita uma comparação com o conhecimento de há cem anos atrás verifica-se
um acentuado desnível em relação à atualidade.
Em contrapartida as diversas alterações
climáticas, verificadas um pouco por toda a parte, têm vindo a acentuar uma
destruição de povoações, de cidades e da natureza em geral, com um crescente
aumento de incêndios, pelo menos no nosso país, inundações, terramotos,
maremotos, tsunamis, que têm vindo alterar substancialmente a paisagem do nosso
planeta.
Quando
se deseja melhorar as condições de vida do ser humano, a saúde, o ensino, e o
ambiente em geral, quando se procura entendimento a vários níveis, para
minimizar as injustiças, o crime e a violência vemos precisamente acontecer o
contrário, como se com isto se pretende-se um retrocesso na humanidade.
Em
franca expansão temos o crime organizado, a corrupção ao mais alto nível, a
constante desvalorização dos mais preciosos valores morais com que o Homem se
tem identificado, o rebaixamento da religião, a proliferação da doença e das
epidemias, violência que impõem no dia-a-dia do ser humano uma reviravolta no
seu pacato comportamento. Assim sendo as mais respeitosas virtudes vêm-se
desacreditadas em louvação aos valores antagonicamente opostas incutidos pela
tecnologia exacerbada dos jogos eletrónicos e respetivos efeitos
cinematográficos e televisivos.
Num
mundo onde predomina a lei do mais poderoso, do mais forte e do mais hábil em
vez do mais bem preparado e o mais conhecedor, podemos dizer que estamos
perante uma viragem de valores. Por isso falar-se hoje em dia em condições de
vida chega a ser irónico.
No
entanto e para cúmulo da desgraça a juventude de hoje passa por desvios à
norma, quer físico, quer mental, que faz alterar todo o seu comportamento,
chegando a diminuir-se a própria mentalidade e responsabilidade como seres
humanos que são. Desprestigiando a saúde, a cultura e a educação,
marginalizando até a sua existência, quer pela prostituição, homossexualidade,
ou pela droga, o mesmo será dizer que estamos perante a destruição do ser
humano enquanto tal.
Quando
nos viramos para a pesquisa e para a análise da atualidade e pomos em dia todo
o nosso conhecimento da realidade que nos cerca, quando nos questionamos sobre
a veracidade de tudo o que ouvimos e vemos e pomos em causa essa mesma
honestidade e sinceridade, quando nos cruzamos com todos estes valores
contrários ao valores tradicionais, estamos perante um acentuado decréscimo,
direi mesmo decadência, de tudo o que mais necessário pode existir para a sobrevivência
do ser humano. Então posso concluir que o ser humano, enquanto ser livre e de
livre pensamento, poderá estar mesmo em extinção.
Sem comentários:
Enviar um comentário