terça-feira, 30 de julho de 2024

Paraíso

 

A palavra vem da língua Avéstica, (Pari-daeza) uma língua Iraniana próxima do Sânscrito, (Do persa Parideiza e do grego paradeisos) tem uma palavra associada paradesha. Significa literalmente país supremo. É também associada a jardins supremos, lugar cujo clima é ameno, onde há abundancia de alimentos e recursos, onde não há guerras, doenças ou morte.

A vida no paraíso seria uma recompensa após a morte para aquelas almas que cumpriram todos os preceitos da religião. Um jardim bem ao estilo persa, também chamado de jardins paradisíacos. Um lugar ideal, utópico para a terra, antigamente representado como Jardim do Édem.

O termo é mencionado 3 vezes no Antigo testamento e 47 na Septuaginta como sendo Grande Jardim do Édem. No Novo Testamento (do latim paradisum) ganhou significado de paraíso restaurado na terra (Mateus 5:5). No entanto as diferentes definições de paraíso referem-se a um campo com animais de caça, em plena natureza, ou mesmo a jardins magníficos.

Outras versões, como no espiritismo, que não acreditam em paraíso, a ideia toma um outro aspeto, o de morada da alma desencarnada e nada comparado a jardim. Os Santos dos últimos dias referem-se a um Mundo Espiritual a nada mais.

Nos nossos dias esta ideia é aceite como recompensa de uma vida de sofrimento e todos, os justos, vão para o céu. Há no entanto uma diferença entre paraíso e céu e nada têm de comum. As definições de ambos são diferentes sendo céu outra coisa, aquilo que está à vista de todos em sentido terreno do termo.

Se nos repostarmos a um outro aspeto, muito mais comercial, este aspeto nem sequer, ou raramente é mencionado nos media, ou em qualquer outro tipo publicitário, ou cinematográfico. Só a religião católica e pouco mais se referem ao paraíso como a morada de Jesus e de todos os santos e santas e onde todos os justos serão recompensados pelo seu sofrimento terreno.

Sentado num trono está Jesus e à direita sua mãe Maria Santíssima, seguido de todos os anjos que recebem os bons para os acolher numa vida diferente, sem guerras nem sofrimento.

A ideia perde poder nos nossos dias com a chegada do computador e da Internet, onde é muito mais fácil vender a ideia de inferno, porque ativa muito mais a adrenalina e toca muito mais no subconsciente do que esta ideia de paraíso onde muito dizem ir parar quando morrerem.

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